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AGORA, um ótimo texto dum grande amigo. Abram alas para o MAGA!! Auto Escola De Balé Clássico (figura 1)Jazz Contemporâneo (figura 2) Motivo: O robinho é o dono da escola e pai de uma aluna. -Que que era, gay??-Dá pinta.-E puta merda, o cara ainda pinta!? Era o caso de saírem do trabalho, de carro, parados no sinal, e digerir informações frescas ou machas, em outdoors, anúncios corriqueiros, conforme a ótica de cada um... -DOIDO!(batendo na perna alheia)-To fazendo yoga, ahuuuuuum...Tai-chi-chuan, sashimi...Mas e ae vamo tomá uma!!??-"Ramo".-Vo dar uma limpada.To pensando numas paradas ovoláctovegetarianas. Acabei de ler um livro do Osho...-Sabe que que é!?Ando meio amarelo, com gosto de madera.Se eu ainda tivesse aquela rabeta gorda pra dar uma corada!-Sabugo?Tem nessa sua dieta fresca aí?Pelo jeito não gostava de poeta.Agora tu ficou na punheta, rss. Com tanto brotinho por aí, você vai me levar rrrrosas verrrmelhas, aÔÔôÔ Robertão bip, bip!Olha aí, quanta ternurinha!-...Me mandaram tomar no cú e eu fui.Achei adequado.Só pq falei que mulher sem anca tinha corpo de virgem.Se acha!? mulher era doutora.DÔ-TÔ-RA. já era meio acaba.-É fase, fuma.-Parei.-O cabelo.Cresceu.-Àquela ali sem calcinha.Delicinha.-SEU ADÃO!...É ANTARTICA.(Seu Adão)-Tudo certo por aqui senhores???-...-...-Como que é a vida. Tanta mulher passando e eu aqui sentado, olhando...Podia conhecer né!?Como que eu vou saber qual é a certa??-Filho!-Ela tem que saber.Instinto.-Ninguém nasce sabendo...E grande parte parte sem saber. "Há mulheres que não são para poetas.Há flores que não devem serem cheiradas.Há perfumes que já perderam sua essência.Há rosas que são covardes, não amam." MAGA
Detentos na maior prisão já vista
Entre guizos
Sangue-sugas e
línguas flamejantes
Que lhe ardem o cú
O pensamento é nostalgia
E a nostalgia
É desespero
Tudo que foi
Há quanta saudade
Toda merda que um dia possuíste
Talvez nem fosse merda...entende?
Você diz que ama,
Então me diz
Por que me coloca essas algemas? Hein?
Eu estrangulo sorrisos em minhas pernas
Sempre dancei com a angústia
E por isso eu não quero um coração cheio de moral
Ó deusa ...
Mentira é você dizer que de ré tu não vais
Já que o meu colo é que esta cheio de sangue
Se um dia tive moscas ao meu redor
Eu preferia assim
Do que esse monte de borboleta
Achando que consolo de borracha branca é líriokaio miotti
Deu na Coluna !
Russo, mais que ad-junto na sua situação econômico-racial, provém de língua amordaçada. O único reduto confiável para si mesmo. Já além, muito além de orgias mortas, recupera-se na mais distinta insensatez, o que esperava de não esperar de nada. Coloquialismo entre o bar e o padrão da calçada. Rejuvenescido na teia que presa atos, epístolas, dimensões e figurativismos; Issos...
Russo Andrade, poeta e compositor, às vésperas de sua morte cansou, e foi dormir mais cedo.
Kaio Miotti
CINE BOTECOCENA I – delírio às nove no colchão da sala
“botei o terno que a menina me deu
pra escutar lorota
pra escutar conselho amigo de bar
de bar! De bar!
eles não sabem o que é correr com o copo cú de pinga na mão
de bar! De bar! “
Tocava essa música no rádio. Tocava a jovem guarda que eu nunca ouvi. Tocavam os dedos e os olhares na lua cheia daquele dia. E ninguém mais era tímido. E as beiradas da alma eram do couro e lentes amarelas. E me sentia tão disposto, contaminado por aquela alegria toda, que entupia o bar de gente. Era fim de ano e o sufoco do trabalho escapava pelas tardes e a gelada no balcão. Acho que ninguém mais tava fudido, parecia isso, todo mundo gostava. E as calçadas também me pareciam conformadas de andares altivos, coisa firmes e potentes. E o sol despencara asfalto a baixo.
CENA II
Banquete Madrugada (o sol vai realmente nascer)
- Porra cara, tá difícil. Que horas são?
- cinco e quarenta.
- Cacete, vai ser foda! Tira esse Nelson enquanto é cedo e o sol não nasce.
- Ih, não agüenta nascer de sol, é?
- Não agüento é candura de entrar morto no dia, aprisionado no vício de ontem.
- Que?
- Só disse que não gosto de ver a noite acabar enquanto ainda to cheirado, entendeu?
- Telúrico Maestro! Telúrico!
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CENA III
18:34 PM
Sentado na beirada da cama. Um tanto suado. As mãos latejando. E o sol, o sol já meio fraco. E me parecia a terceira visita da mesma moça, que vinha com a mesma saia e o mesmo decote, as mesma alucinações. A mesma virgem coroada com meus desabafos e minhas flores desbotadas. Eu queria me achar crucificado. Em algum lugar muito lá em baixo que mais que sofrido. Mas não achava minhas mãos. Achei entre os dedos um cigarro amassado. Chorei, com duas lágrimas que não desabaram.
+++KAIO MIOTTI
Reacendi a velha vontade pelos peitões que zanzam por aí.
Boris qué vê teta.
Boteco: O Inferninho. Boris andando pra lá e pra cá, trôpego, soluçando suas cachorradas com a prima. Mulher fria da Rua das Fábulas, pedra 97.
Silício besta pra dois trouxas que seguem a vida na pena de morte.
“Boris qué vê teta! Boris què vê teta!”
“Olha aqui Boris, ce ainda lembra e ainda gosta, num gosta?”- berrou sua prima, exibindo a coxa branca e meio mole, de cinta liga rasgada e um perebão escondido por debaixo de seu vestido.
Seu Gordão...”Ei, ei Gordão, vai piá um mocotó hoje aí?”
“Vai sim irmão!”
Retrato tricotado feito retalhos coloridos, pedaços mal cumpridos de tarefas apregoadas e deixadas pra trás. Os sonhos ficaram abreviados na poeira serrana que varou seus pés.Orgulho e preconceito também ficaram meio aterrados., São até bem dispostos, pouco livres e um tantinho corriqueiros. Se não fossem também, que seria da parcela mais tenra de nossa sociedade? O resto? Quase nada, não interessa não. Pois que seriam dos piedosos se não fossem os fudidos? Que seriam dos santos sem a bondade dos papas? Que seriam dos bons se não fossem nós os nós cegos? E o que, o que seria do sexo sem a risada e da gargalhada sem o sexo? E todos juntos, da janela do meu apartamento borrifando um pouquinho de graça nessa vida miúda?
Faltava-lhe uma perna, seu corpo nem era nada daquilo, mas tinha um sorriso lindo e uns dentes bem brancos. Enquanto Boris arregaçava-se nas carnes moles de sua prima, o Gordão arrancava uns dois ou três fiapinhos de cabelo dos cordões de seu calção. Eu, com essa manquitola sorriso de monaliza, acabando de gozar tudo dentro, bem gostoso...hum, maravilha!
Despedi de todos, tomei um trago e fui deitar. Fui tranqüilo, admirando esse retrato piedoso da rua em que moro.